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Indústria de material de construção inicia 2024 com boas expectativas

O ano começa com otimismo para os fabricantes de material de construção. O Termômetro da indústria do setor, divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), aponta percepções positivas neste início de 2024, a partir da análise das vendas em janeiro, e destaca a estabilidade nas pretensões de investimento nos próximos 12 meses e leve aumento da capacidade instalada.
Segundo o levantamento, 47% das empresas associadas à entidade consideram o faturamento no mês de janeiro “Bom”. Para 43% o período foi “Regular”, enquanto os demais 10% classificam o primeiro mês do ano “ruim” ou “muito ruim”. As projeções para o mês de fevereiro são melhores: 61% esperam um mês “muito bom” ou “bom”, 29% projetam um mês “regular” e 10% acreditam que será “muito ruim” ou “ruim”.
O estudo indica, ainda, que os planos de investimentos a médio prazo (próximos 12 meses) ainda seguem em patamar positivo, com 62% das associadas com intenção de investir no período, embora o número seja 15 p.p. menor do que apontado em janeiro de 2023. Já o nível de utilização da capacidade instalada está em 76% na média das empresas, superior aos 71% observados no mesmo período do ano passado.
Na análise dos associados à Abramat, os bons resultados do ano poderão ser frutos de uma esperada recuperação do varejo, redução gradual da taxa básica de juros, novos lançamentos imobiliários, contratações do Minha Casa, Minha Vida, retomada de obras paradas e do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além do recém-lançado programa Nova Indústria Brasil.
Segundo Rodrigo Navarro, presidente da Associação, o otimismo do setor está atrelado à diversos fatores externos e também ao avanço nas discussões sobre a Reforma Tributária. “Seguimos trabalhando junto ao poder público e demais stakeholders para alavancar o ecossistema da construção, que é um importante pilar para o País gerar renda, emprego e atrair investimentos”, finaliza.

Fonte: Revista Anamaco

Famílias cautelosas

De acordo com a pesquisa realizada pela a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) iniciou janeiro com queda de 0,5%, descontados os efeitos sazonais, o que representa o segundo resultado negativo consecutivo. Apesar disso, o nível de satisfação (acima dos 100 pontos) foi mantido e sinaliza que, mesmo com desaquecimentos, não há uma visão predominantemente negativa por parte dos consumidores, ou seja, não sinaliza uma crise no consumo das famílias.
Na variação anual, houve crescimento de 12,8%, ou seja, os consumidores estão mais positivos em janeiro/2024 do que estavam no mesmo mês do ano passado. Desde setembro, a variação ano contra ano vem perdendo tração, alertando que, mês a mês, mais consumidores estão revisando as suas perspectivas quanto ao consumo. Na avaliação da entidade, a causa dessa tendência de desaquecimento é justificada pelos outros componentes do ICF, com destaque para as perspectivas quanto a acesso a crédito, momento para duráveis e perspectiva para o consumo atual.
O estudo indica que a desaceleração da inflação em 12 meses desde setembro do ano passado ajudou as famílias a serem mais positivas em relação à Renda Atual, tendo uma sensação de maior poder de compra. Com isso, esse item atingiu o maior patamar desde março de 2015.
A melhora do mercado de trabalho, mesmo que em menor ritmo, também influenciou esse resultado. Desse modo, o comportamento desses subindicadores do ICF sinaliza que pode estar iniciando a alteração da trajetória em direção a uma perspectiva mais positiva para a compra de duráveis.
Ao contrário do mês passado, o destaque de janeiro foi o avanço de 0,5% no Momento para Compra de Duráveis. O levantamento revela a maior parte da população ainda acredita ser um mau momento para consumo desses bens (59,5%), porém foi o menor percentual desde março de 2020. Essa proporção está sendo substituída por aqueles que sentem ser um bom momento para essas compras, tendo o maior percentual (33,7%) desde março de 2020.
A pesquisa mostra, ainda, que os indicadores em relação ao mercado de trabalho apresentaram resultados melhores do que no ano passado; no entanto, desde dezembro, os consumidores vêm mostrando preocupação com o Emprego Atual nas taxas mensais. O subindicador do ICF de perspectiva profissional vem retraindo de forma mais intensa desde julho de 2023. Segundo a CNC, o direcionamento da renda para pagamento de dívidas passadas e contas geradas no mês freou a evolução do consumo. Com isso, o Consumo Atual demonstrou queda pelo segundo mês consecutivo. Nesse cenário, a perspectiva para o consumo teve influência da preocupação das famílias em relação ao emprego e endividamento, com quedas mais intensas e de forma mais prolongada, sendo novamente o destaque negativo do mês.
Mesmo com essa percepção mais pessimista, o subindicador permanece acima do observado no Consumo Atual e do nível de satisfação, com 109,8 pontos, demonstrando que os consumidores enxergam uma melhora do ambiente econômico nos próximos meses.

Fonte: Revista Anamaco

Confiança do comércio inicia 2024 em alta

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), avançou 1,2 ponto em janeiro, para 90,5 pontos, o maior nível desde outubro de 2022 (94,9 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu pelo segundo mês consecutivo, em 1,1 ponto, para 89,4 pontos.
No mês, a alta foi concentrada em dois dos seis principais segmentos do setor. Segundo o estudo, o resultado positivo foi influenciado pela melhora do Índice de Expectativas (IE-COM), que avançou 3,7 pontos, para 91,6 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (93,0 pontos). Entre os quesitos que compõem o IE-COM, o indicador sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses foi o que apresentou maior contribuição para a elevação da confiança no mês, ao avançar 5,5 pontos, para 93,0 pontos. No mesmo sentido, as perspectivas de vendas nos próximos meses cresceram 1,9 ponto, para 90,5 pontos.
Em direção contrária, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,5 ponto, para 89,9 pontos. A pesquisa indica que a queda no ISA-COM foi influenciada pela piora nos indicadores que avaliam a situação atual dos negócios e o volume de demanda atual que caíram 1,7 e 1,3 pontos, para 91,3 e 88,7 pontos, respectivamente.

Fonte: Revista Anamaco